sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quadros do filme "Maria Antonieta" de Sofia Coppola.

No filme de Sofia Coppola, colocam-se quadros com Kirten Dunst reproduzindo os reais. As pinturas servem para mostrar  mudanças na vida da rainha, como a perda de Sofia e o ódio por Maria Antonieta. De fato, são bem realistas, portanto analisaremos-os.

Quadro de Maria Antonieta do filme Sofia Coppola 2006.
Neste quadro, vemos a rainha com a face de Kirsten Dunst. As alterações com o original foram mínimas, porém ainda sim de fácil  percepção. Além de estar ali representada a atriz,  pode-se notar que a maquiagem apresenta aspectos diferentes do original - um pó de arroz em maior quantidade, combinando com um rouge forte e um batom ainda mais. O penteado também sofre uma leve alteração,  sendo menos volumoso e possuindo uma mecha sobre o ombro, além de sua coloração ser puxada mais para um loiro claro do que para um cinza. Escritos agressivos aparecem no quadro com o intuito de ressaltar o ódio popular para com a rainha.

Quadro de Maria Antonieta do filme de Sofia Coppola 2006.

Este quadro parece ter sido em sua maioria alterado. Primeiramente, deve ser ressaltado que aquele bebe no berço não é Sofia, mas sim Luís Carlos (que fora excluído do filme), que deveria estar nos braços da mãe. Logo, no original Maria Antonieta não está com as mãos nesta posição. Outro aspecto alarmante são as cores: para dar um tom de tristeza, foram usadas colorações que condiziam  com este sentimento. Na verdade, o vestido da rainha era vermelho, assim como as roupas de Maria Teresa, e Luís José estava trajando algo pendendo para o laranja.  O próprio cenário também recebeu tons escuros, e Maria Antonieta aparece com uma expressão mais séria. 

Estes são os dois quadros criados para o filme, que representam neles Kirsten Dunst. É muito bom ressaltar que, de fato, cada um deles conseguiu passar a sensação que os produtores buscaram: demonstrar o tempo de desgraças por qual passava Maria Antonieta. Feito um ótimo trabalho, podem até serem perdoados os erros históricos deles. 

Quadro original de Maria Antonieta.
Quadro original de Maria Antonieta.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Datando a vida da rainha.

Seria possível resumir a vida de uma rainha em  apenas datas? Talvez, e é isto que este post busca fazer. Nele, listarei os mais importantes anos e datas para Maria Antonieta, desde seu próprio nascimento até sua morte na guilhotina.

1755, nasce uma pequena arquiduquesa. 













Durante o Dia dos Finados católico de 1755 nascia a décima quinta filha da imperatriz Maria Teresa e do imperador Francisco Estêvão, ambos governantes da Áustria. Na pintura, de autoria da filha Maria Cristina, estão retratados informalmente Ferdinando, a própria pintora e arquiduquesa, Maria Antonieta, Max, Maria Teresa e Francisco Estêvão.

1770, um casamento político. 















O casal herdeiro da França casou-se em duas ocasiões: por procuração, em 19 de abril de 1770, e oficialmente em 16 de maio do mesmo ano. Na imagem, a união do delfim e da delfina.

1774, vive le Roi!













Sucumbia de varíola, no dia 10 de maio, às 3 horas da tarde, o rei Luís XV. Prontamente, já é anunciado o novo Luís XVI. Apesar de seu reinado ter começado em 1774, sua coroação foi  somente em 11 de junho de 1775; estando ela representada na gravura.

1778,  "sua" menina. 
















19 de dezembro de 1778, um dia especial para a rainha. Depois de sete anos de espera pela consumação do casamento, finalmente Maria Antonieta engravidara e dava a luz à uma menina, a "sua" Maria Teresa. Depois, vieram mais três filhos, na ordem: 1781 (Luís José, morreu em 1789), 1785 (Luís Carlos, morreu em 1795) e 1786 (Sofia, morreu em 1787). Na imagem, o casal real e a pequena Maria Teresa.

1785, o Caso do colar. 













Por volta de 1785, "estourava" o Caso do colar, que denegriu ainda mais a imagem da austríaca. Iniciado pela Condessa de La Motte, ao comprar um caro colar utilizando o nome da rainha, deixou marcas terríveis para a  já referida. Na foto, uma montagem de Maria Antonieta e o colar, de autoria desconhecida.

1789, viva a Revolução! 















Em 14 de julho de 1789 caia a Bastilha; aquele era o início da Revolução Francesa, que daria fim à vida de Maria Antonieta. O ano ainda foi marcado pela Marcha das Mulheres (ou Marcha sobre Versalhes), em 5 de outubro, que levou a família real a ter que mudar-se para o Palácio das Tulherias. Na imagem, a Queda da Bastilha.

1793, fim das dores e guilhotina. 
















Trajando branco e de cabeça erguida, no dia 16 de outubro de 1793, Maria Antonieta subia o cadafalso. No mesmo ano, outras desgraças a acometeram: a morte de seu marido (21 de janeiro), a separação dela e de seus filhos, assim como também o isolamento na terrível Prisão da Conciergerie. Na imagem, a agora rainha deposta frente à guilhotina.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Maria Carolina deveria ter se casado com Luís XVI.

As cortes europeias estavam devastadas por culpa de uma doença que alastrava-se cada vez mais, a varíola (o próprio Luis XV sucumbiu desta enfermidade!). Foram tempos difíceis para Maria Teresa, a imperatriz da Áustria e mãe de Maria Antonieta, pois esta planejava casar suas filhas em alianças políticas. A imperatriz já perdera a nora, Isabel de Parma, para a doença.
A arquiduquesa Maria Josefa era a filha cotada para o casamento com Fernando I, que nunca de fato ocorreu. No mesmo dia em que partiria para Nápoles, ela estava enferma e morrendo de varíola. Conta a história que a doença foi contraída quando sua mãe insistiu que a acompanhasse para visitar o túmulo de Isabel de Parma. Como a sepultura estaria mal lacrada, Josefa teria entrado em contato com a enfermidade.
Com a morte da filha, Maria Teresa teve de dar outra solução ao problema. Ofereceu, à escolha de Nápoles, suas duas filhas prováveis, Maria Carolina e Maria Amália. Enquanto o caso estava sendo resolvido, outro iniciava-se com a França. Precisava-se de uma noiva para o delfim Luís Augusto, e prontamente Carolina foi a escolhida. Nas palavras de Antonia Fraser: 
"Acontece que Carlota [Maria Carolina] era afilhada de Luís XV, e Maria Luísa de Parma, neta dele, também achava que Carlota seria uma opção excelente para desposar o herdeiro do trono francês. Carlota era apenas dois anos mais velha que Luís Augusto [...], esta não seria uma diferença insuperável. Não só ela era "saudável" como considerada vivaz e inteligente."
Infelizmente ou felizmente, Nápoles escolheu Maria Carolina, por ter a idade mais adequada. Logo, a França não a teria, nem a Amália (por ser muito velha para o delfim), e a ultima filha remanescente seria Maria Antonieta. 
Concluindo, se não houvesse a morte da arquiduquesa Josefa, hoje provavelmente estaríamos conversando sobre Maria Carolina, a rainha da França e não de Nápoles, e talvez não precisaríamos citar sua morte na guilhotina, pois talvez revolução nenhuma acontecesse. É apenas especulação. 
Maria Antonieta
Maria Carolina
Maria Josefa

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Por que nobreza é sinônimo de sangue azul?


Durante séculos o nome de "sangue azul" foi designado aos nobres e aristocratas, como símbolo de sua realeza. E, de fato, há alguma (mas pouca, ouso dizer) verdade nesta expressão.
Segundo a história, a designação teria surgido na Espanha medieval ou pós medieval (renascentista). O contexto era simples, as pessoas mais humildes trabalhavam, expostas ao sol  durante horas seguidas, e as da alta nobreza descansavam em seus castelos, longe da luz solar. Portanto, trabalhadores teriam a pele morena enquanto a aristocracia teria a tez intacta e branca. Em casos onde a pele é muito clara, as veias azuis podem ser vistas. Ter a pele clara e com o "sangue azul" aparecendo era sinônimo de não trabalhar,  logo ser da nobreza.